Na última década, foram implementados numerosos sistemas BRT em França, sendo que a linha G em Estrasburgo é considerada um modelo exemplar. A variante francesa do sistema BRT, concebida para as necessidades das cidades europeias, chama-se "Bus a haute niveau de service" (BHNS). Estrasburgo é conhecida entre os planeadores de trânsito pela bem-sucedida reintrodução do elétrico em 1994. Quase 20 anos mais tarde, a cidade estava à procura da melhor forma de ligar as áreas urbanas do noroeste à estação principal analisando, para além da ampliação da rede de elétricos, também o lançamento de um sistema BHNS.

Depois de uma análise da viabilidade económica, conversações com políticos e um estudo sobre o prolongamento de uma linha de elétrico, foi tomada uma decisão a favor de um sistema BHNS. A linha foi posta em funcionamento a 30 de novembro de 2013, após menos de um ano de construção. Para além do foco no planeamento de uma faixa "Bus" otimizada, paragens e autocarros modernos, foi valorizado muito o marketing e a integração na rede de transportes existente. Estes objetivos foram atingidos, entre outros, através de um sistema de bilhetes comum, um sistema de informação ao passageiro dinâmico e uma integração coerente de P+R (Park and Ride) e B+R (Bike and Ride) ao longo do trajeto.

Outros exemplos de sistemas BRT europeus implementados com sucesso encontram-se, entre outros, em Nantes/França, Saint-Nazaire/França, Granada/Espanha e Amesterdão/Países Baixos.

O sistema BRT "Metrobüs" em Istambul, na Turquia, é uma solução bem-sucedida para os desafios de trânsito da cidade dividida por dois continentes. O forte crescimento da população, a localização no Bósforo, bem como o forte aumento das matrículas de ligeiros de passageiros colocaram exigências especiais que o sistema Metrobüs como sistema de trânsito sustentável e orientado para o futuro tem de satisfazer. As particularidades do sistema Metrobüs são uma velocidade média muito elevada devido à implementação da linha numa autoestrada urbana, a elevada frequência, bem como o elevado conforto. Os 250 autocarros Mercedes-Benz CapaCity e os 360 Mercedes-Benz Citaro e Conecto são um fator de sucesso importante do sistema, cujo sucesso já levou a várias extensões.

Em 2014, o Rio de Janeiro foi palco de jogos do Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA, e em 2016, com os Jogos Olímpicos, foi novamente palco de um grande evento desportivo. Estes grandes eventos são um desafio com muitas facetas para as cidades, nomeadamente no que diz respeito ao trânsito: os meios de transporte têm de corresponder tanto à elevada procura durante o evento, como também às necessidades da população local depois do evento. Por este motivo, a maioria dos locais de jogo do Campeonato do Mundo de 2014 optou por uma solução flexível e eficiente nos custos: o lançamento de sistemas BRT. O sistema BRT completo planeado no Rio de Janeiro inclui várias linhas com um total de 157 km de comprimento. O primeiro trajeto BRT de 60 km de comprimento – Transoeste – foi inaugurado em 2012, antes do início do Campeonato do Mundo. O sistema foi dimensionado para elevada capacidade. Isto aplica-se tanto às paragens como também aos veículos – autocarros articulados extralongos de piso alto. Para além das linhas normais, o sistema inclui linhas expresso que não param em todas as paragens. No sistema BRT completo do Rio de Janeiro circulam da Mercedes-Benz 101 autocarros de 23 m, 161 autocarros de 18 m e 26 autocarros de 12 m para as linhas acessórias.